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Festuca

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Descrição

A implantação da festuca-alta, extreme ou em misturas, deve ser feita no período de Outono-Inverno, sobre uma cama de sementeira muito bem preparada. Devido à reduzida dimensão (mais de 400.000 sementes por kg) deve-se evitar enterrar as sementes a mais de 1 cm de profundidade, sendo recomendável efetuar uma rolagem para aconchegar bem a terra às sementes, e assim facilitar a germinação e a emergência. Geralmente é semeada em misturas com outras gramíneas e leguminosas, à razão de 2 a 5 kg/ha. Consocia-se com sucesso com Dactylis, trevos e luzerna. Quando semeada estreme a quantidade de semente a usar pode alcançar os 10-20 kg/ha. A Festuca arundinacea evidencia algumas dificuldades no estabelecimento da pastagem, com crescimentos iniciais mais reduzidos que os do azevém perene ou da Phalaris, sendo muito mais afetada do que estas duas espécies pelas sementeiras tardias, em particular se as temperaturas já forem baixas. Frequentemente, só ganha dominância no segundo ano.

O maneio da pastagem com festuca-alta deve ter em consideração o crescimento inicial mais lento desta gramínea, pelo que se recomenda atrasar o pastoreio até que o sistema radicular esteja bem desenvolvido, para evitar que as plantas possam ser arrancadas pelos animais. Aconselha-se um pastoreio rotacional com alguma intensidade de modo a manter a festuca em fase de “crescimento ativo”, que permite maximizar o crescimento, o afilhamento e a qualidade da biomassa. Também tolera o pastoreio contínuo, desde que os encabeçamentos sejam mais reduzidos. Responde muito bem à fertilização azotada (recomendada quando se efetuam cortes em verde ou para feno) e ao regadio. Constatou-se que o seu crescimento arranca mais rapidamente após as primeiras chuvas outonais, é mais estável, e prolonga-se até mais tarde em condições de ensombramento do que a maioria das gramíneas pratenses. Em pastagens de regadio mantém um crescimento ativo durante todo o ano. A Festuca arundinacea tem ainda a particularidade invulgar de continuar a afilhar durante a floração. Porém, é menos palatável e produz uma forragem de menor qualidade do que as restantes gramíneas semeadas em Portugal. Tem a tendência para formar tufos com folhas secas que podem obrigar a cortes de limpeza periódicos em sistemas pouco intensivos de pastoreio. Acumula grandes quantidades de folhas secas rejeitadas pelos animais nos anos de muita geada ou de verões muito secos. O corte limpa o pasto mas há que ter algum cuidado no outono para não deixar as plantas enfraquecidas, sem reservas.

Possibilidades de uso

A festuca-alta é geralmente usada em misturas com outras gramíneas e leguminosas em pastagens permanentes, ou exclusivamente com outras gramíneas em relvados lúdicos e desportivos, sendo especialmente indicada para campos de golfe (em que a altura de corte seja superior a 2,5 cm) e relvados domésticos ou de parques urbanos. Esta espécie pode ser usada para pastoreio direto, corte em verde, produção de feno, feno-silagem ou silagem. O primeiro corte ou pastoreio só deve ser feito quando as plantas alcançarem os 5-10 cm. As pastagens que incluem a festuca-alta são apropriadas para todas as espécies pecuárias, recomendando-se o uso de variedades livres de endófito (Acremonium coenophialum) e resistentes ao “brown patch” (Rhizoctonia solani). Proporciona uma biomassa de boa qualidade, com teores de proteína de 14 a 15% (na MS) continuando a crescer durante o pastoreio, desde que as condições de humidade e temperaturas sejam as adequadas. Ao crescer bem em condições de ensombramento, como o panasco, apresenta boas produções em pastagens sob coberto, frequentes em muitas regiões de Portugal.

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